A alimentação saudável é um termo novo? Uma nova forma de comer? Na verdade, não. Quem não teve uma avó ou mãe que fazia uma torta ou um pão sem conservantes? Um suco batido na hora, da fruta? Alguém teve uma horta em casa e colheu um pé de alface para servir no almoço? Saudável nem sempre está ligado à calorias e sim como os alimentos são preparados.
A vida moderna consome muitas horas dos nossos dias com deslocamentos, trabalho, educação e, quando sobra um tempo, com o lazer também. A boa alimentação ficou em segundo plano. Tornou-se um desafio comer de forma saudável, pelo menos para quem mora nas grandes cidades.
Mas a boa notícia é que o mercado da 'boa comida", no sentido saudável da palavra, está crescendo. Para esse ano, a expectativa é que o setor movimente cerca de R$ 21 bilhões no Brasil, de acordo com a consultoria Euromonitor. Há cada vez mais empreendedores preocupados em trazer essa alimentação simples, sem conservantes, corantes ou qualquer aditivo prejudicial à saúde. E hoje vamos entrevistar um deles, que se preocupa em mostrar sua arte, seu ofício de "pastaio" ou masseiro na sua origem, sem aditivos químicos, o Pastifíco Primo.
Ivan Schiappacasse, dono da Pastifício Primo |
A Pastifício Primo é uma fábrica artesanal de massas, que também prepara molhos, antepastos e outras receitas. "O cardápio é sazonal,
e sempre procuramos combinar os clássicos que são feitos todos os dias, com
novidades, muitas delas sugestões de clientes", diz Ivan Schiappacasse, dono do negócio.
Ivan nos contou em entrevista que idealizou a Pastifício Primo quando esteve na Itália. "Não foi proposital, foi mais um
insight, um raio, uma explosão", comenta. Ele disse que na época estava em um momento especial da vida, muito atento e inspirado. "Rapidamente consegui visualizar o negócio todo e o que eu queria fazer, porém levou anos desde a ideia original até abrir o negócio. E sendo uma ideia bastante única no Brasil, não havia onde tirar referências nem comparações, o risco era total", relata Ivan.
Para construí-la, Ivan utilizou recursos próprios e familiar, que juntou com muita dificuldade. Depois de se preparar para encarar esse desafio, conseguir levantar o dinheiro e encontrar o ponto, Ivan finalmente inaugurou, em 2010, a primeira unidade da Pastifício Primo. "Só após o primeiro Pastifício aberto e funcionando, um investidor se aproximou e isso nos permitiu abrir mais unidades e expandir nossa filosofia de trabalho, organizar melhor nossos sistemas e trabalhar em manualizações", disse Ivan.
Prato da Pastifício Primo |
Hoje são 3 unidades próprias (localizadas em Pinheiros, Pompéia e Higienópolis) e mais 3 em sociedade com empreendedores (Mooca/SP, Sorocaba/SP e Fortaleza/CE). Apoiada pela a ABF (Associação Brasileira de Franchising), a Primo sempre planejou manter o crescimento das unidades no formato de franquia. "Foi quando percebemos que nosso
modelo de trabalho estava consolidado e rentável que iniciamos as
parcerias. O trabalho sempre muda, e vai ficando um pouco mais complexo. Somente com uma equipe muito sólida é que conseguimos expandir e atender todas as linhas de frente", disse Ivan.
Para adquirir uma unidade da Primo é preciso preencher um formulário de interesse no site, porém, a empresa busca empreendedores que não só tenham dinheiro para investir e sim que estejam no perfil adequado para o negócio, por isso existe uma seleção e entrevistas de avaliação.
Para adquirir uma unidade da Primo é preciso preencher um formulário de interesse no site, porém, a empresa busca empreendedores que não só tenham dinheiro para investir e sim que estejam no perfil adequado para o negócio, por isso existe uma seleção e entrevistas de avaliação.
Uma das delícias da Pastifício Primo |
Apesar da expansão do negócio, Ivan está sempre em suas unidades próprias para praticar o negócio, gerar treinamentos e, por prazer, atuar como masseiro e no atendimento aos clientes.
A Primo dita sua comunicação e não investe nos recursos de publicidade tradicionais, sua propaganda vem do boca a boca dos clientes. "Não temos agência de publicidade, relações públicas ou assessoria de imprensa. Fazemos tudo de forma muito intuitiva e de acordo com o tempo que temos disponível e os recursos no caixa. Os verdadeiros divulgadores são nossos clientes, que nos colocam nas mídias sociais e falam de nosso trabalho para amigos e assim vamos recebendo novos clientes todos os dias", relata Ivan.
A Primo dita sua comunicação e não investe nos recursos de publicidade tradicionais, sua propaganda vem do boca a boca dos clientes. "Não temos agência de publicidade, relações públicas ou assessoria de imprensa. Fazemos tudo de forma muito intuitiva e de acordo com o tempo que temos disponível e os recursos no caixa. Os verdadeiros divulgadores são nossos clientes, que nos colocam nas mídias sociais e falam de nosso trabalho para amigos e assim vamos recebendo novos clientes todos os dias", relata Ivan.
O estilo vintage de sua comunicação e decoração é inspirado em sua própria realidade. "Minha casa é muito parecida com as lojas. Acho que a decoração
é um reflexo de quem nós somos e por isso tem uma credibilidade natural", diz Ivan. A Primo também faz parcerias musicais e artísticas. "Somos muito ligados
em música, arte e cultura! Quando surgiu a
possibilidade de trazer apresentações de música para o PRIMO, foi fácil.
O principal para a
parceria acontecer é que nós temos que gostar, não fazemos pelo dinheiro é pelo
prazer", comenta Ivan.
Comunicação da Pastifício Primo |
E como já é de costume, pedimos sempre para nossos empreendedores deixarem uma mensagem de incentivo para nossos leitores e aí está:
"Dar certo exige
muito, muito esforço e trabalho braçal. Uma boa dose de inteligência e um pouco
de sorte. O empreendedor
precisa testar os limites e aprender a lidar com gente, com gestão e com visão. Acredito que a
única forma de fazer isso é fazendo. E seja feliz! - Ivan Schiappacasse Bornes.