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quarta-feira, 31 de julho de 2013

YOUGREEN - Nosso lixo vira negócio nas mãos dessa cooperativa

Por Adriana Ribeiro

Aproximadamente 10% dos resíduos gerados no Brasil são reciclados. O setor de reciclagem movimenta 12 bilhões de reais por ano, mas perde outros 8 milhões em materiais que não são reciclados, principalmente por a maioria das cidades não terem um programa de coleta seletiva. (Dados retirados no www.brasil.gov.br)
foto: getty images
Segundo o IBGE, 22 milhões dos brasileiros, cerca de 18% da população tem acesso a programas municipais de coleta seletiva. Somente um em cada três lares do país separam o lixo biodegradável do que não é. 
Mas nem todas as notícias são ruim, o Brasil é líder mundial em reciclagem de embalagens de agrotóxicos, reciclamos 80% dessas embalagens, sendo que outros países não alcançam 75%.

E têm empresas fazendo a diferença dentro do mundo da reciclagem, como é o caso da YouGreen, a história de sucesso de hoje, que trouxemos com uma entrevista com o Diretor Presidente, Roger Koeppl.



Roger diz que tudo começou quando ele fez uma reflexão sobre sua vida, apesar de uma carreira sólida com uma experiência de oito anos dentro de diversas indústrias "percebi que faltava-me um propósito maior, algo a fazer pelo mundo, ao invés de fazer algo no mundo".
Foi então que em uma participação ativa de voluntariado na Cruz Vermelha de Belo Horizonte, que Roger encontrou seu equilíbrio, "encontrei no cooperativismo uma alternativa às minhas ansiedades no setor corporativo".

Koeppl conta que escolheu o setor da reciclagem por ser um caminho que promove bem o conceito de cooperativismo, que carrega consigo benefícios econômicos e sociais.
E cita a Política Nacional de Resíduos Sólidos como motivador para iniciar seu empreendimento. Colhemos um trecho da lei para você entender melhor: "Art. 4 A Política Nacional de Resíduos Sólidos reúne o conjunto de princípios, objetivos, instrumentos, diretrizes, metas e ações adotados pelo Governo Federal, isoladamente ou em regime de cooperação com Estados, Distrito Federal, Municípios ou particulares, com vistas à gestão integrada e ao gerenciamento ambientalmente adequado dos resíduos sólidos".

Sua experiência no setor corporativo trouxe ferramentas de gestão para fortalecer o cooperativismo, "unindo dois mundos aparentemente tão distantes", diz Roger.


foto: getty images
 A ideia surgiu como qualquer outra, do papel. Mas depois de consultar amigos e familiares, Roger buscou ajuda no Sescoop-SPServiço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de São Paulo, que promove o ensino de formação profissional, atinge todas os níveis hierárquicos da cooperativa, desenvolve ações para melhoria da qualidade de vida dos empregados e realiza o monitoramento e desenvolvimento das cooperativas.

Além disso, Roger conta que teve que ser muito criativo para conquistar maneiras alternativas e baratas para testar o negócio e que viveu de maneira econômica, alugou um galpão para a sede da empresa em contrato de comodato e que recebeu muitas doações e prêmios que colaboraram com o start da cooperativa.

A YouGreen iniciou seus serviços em julho de 2011 e realiza várias parcerias com outras cooperativas. Roger comenta que neste momento estão testando a reciclagem de óleo de cozinha para transformar em sabão e que estão em processo de negociação com o primeiro cliente de coleta seletiva de resíduos secos em São Paulo.

Roger vê que o lado bom de empreender é a capacidade de escrever sua história e inspirar outras pessoas em suas carreiras. Conta que você aprende muito, por que as responsabilidades do sucesso demandam tempo para atualizações constantes do negócio.
O lado ruim de empreender é acreditar que a estabilidade, segurança, conforto estarão presentes desde o início da sua vida como empreendedor. Alerta também que quem não se sente seguro em tomar decisões e abrir mão de muitas coisas com o objetivo de alcançar o que ainda não está certo, não deve empreender.

Pedimos para o Roger deixar uma mensagem para os novos empreendedores que segue na íntegra:

"Seja empreendedor, de carreira, empresas, negócios sociais, ONG's, de qualquer coisa, mas principalmente, seja o empreendedor da sua vida. Seja determinado a caminhar sempre para frente, independente das incertezas. Busque referências e não seja orgulhoso para reconhecer seus erros, são eles que construirão o empreendedor de sucesso".

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segunda-feira, 22 de julho de 2013

CINESE – Empreendedorismo que compartilha conhecimento e cultura

Por Marco Pepe

O youPix festival, evento sobre a cultura de internet do Brasil, aconteceu nos dias 05 e 06 de julho, na Bienal do Parque do Ibirapuera, em São Paulo, e nós do blog Empreenda ou Enlouqueça acompanhamos o primeiro dia do evento, onde tivemos a oportunidade de conhecer algumas histórias bem legais de empreendedorismo criativo e digital e, uma delas, foi a do Cinese.

Fundado pelas irmãs Anna e Camila Haddad, o Cinese é uma plataforma que estimula o aprendizado, a troca de informações e o compartilhamento de conhecimento entre os usuários cadastrados no site. Quem tem algo interessante a ensinar, entra na seção Revele e coloca a disposição uma data, horário e local para encontrar pessoas e dividir com elas o seu conhecimento, que pode ser relacionado à leitura, fotografia, viagem, projetos culturais, estre outros assuntos.

Para participar de um encontro, basta acessar a seção Descubra, escolher o tema de interesse, fazer o pagamento e comparecer na data do encontro. Os valores praticados pelo Cinese são bem acessíveis, o que torna o serviço ainda mais atrativo. A ideia de criar a plataforma surgiu das pesquisas que Anna e Camila faziam sobre economia colaborativa e novos meios de aprendizado. “Conversando, nos perguntamos por que não pensar em modelos colaborativos para educação? Juntamos as duas inquietações e nasceu o Cinese, explica Camila Haddad.

Anna Haddad e Camila Haddad, fundadoras do Cinese.

O modelo de empreendedorismo do Cinese é criativo e muito participativo, porque permite a troca de pensamentos, ideias, informações e habilidades entre pessoas que nunca se falaram antes, tornando os encontros em experiências motivadoras e que irão inspirar mais e mais pessoas. Segundo Camila, “a possibilidade de trabalhar com propósito” foi um dos fatores que levou a criação de uma plataforma com caráter educacional. “Enxergamos um problema que nos incomodava e decidimos nos mover para criar um caminho, uma possível solução”, afirma.

A partir da formação da ideia, as fundadoras do site participaram de diversos eventos e ouviram o que as outras pessoas tinham a dizer sobre o conceito proposto. “Ouvir a opinião dos outros foi o primeiro passo para ajudar o produto a tomar forma e tornar-se real. Nesse caminho, encontramos um parceiro de tecnologia que desenvolveu a primeira versão do site”, diz Camila.

Encontro promovido pelo Cinese.

Com um investimento inicial de R$ 12 mil, as irmãs Haddad usaram as próprias economias para tirar a ideia do papel e colocar o projeto em prática. Prestes a completar um ano, em agosto, o Cinese já soma mais de três mil pessoas cadastradas e 186 encontros realizados.

O Cinese é mais um exemplo de empreendedorismo de sucesso, que originou de conversas entre pessoas com interesses e ideais parecidos. Para Camila, o lado bom de empreender é: “Não diferenciar uma segunda de uma sexta-feira. Todos os dias eu encontro pessoas com as quais eu amo estar, que me inspiram e me dão energia, cocriando um produto que ajuda, ainda que de forma modesta, na construção do meu projeto ideal de cidade / mundo”.

Como de costume, pedimos para os nossos entrevistados deixarem uma mensagem para os novos empreendedores, e a Camila deu a sua visão de como começar um modelo de negócio.

“Questione tudo que te falam sobre sucesso. O que te motiva? Onde realmente você quer chegar? Relativizar o sucesso implica relativizar o fracasso. E fracassar dá medo. E o medo é o que nos impede de agir.”


Mais uma história inspiradora, não é mesmo? Comentem o que vocês acharam!